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Dra. Maria Moura

Canabidiol: como o preconceito por uma droga atrasou o tratamento de doenças

Por décadas, uma confusão perigosa dominou o debate: misturar uso recreativo de drogas com uso medicinal de substâncias isoladas, estudadas e controladas. O resultado foi simples e grave: tratamentos eficazes ficaram fora do alcance de pacientes que poderiam se beneficiar, apenas por preconceito e desinformação.



🧠 Canabidiol não é “maconha”

O canabidiol (CBD) é uma substância extraída da Cannabis, mas não é responsável pelos efeitos psicoativos associados à droga recreativa. Ele não causa “barato”, não altera consciência e não produz dependência química nos moldes clássicos. Mesmo assim, por muito tempo foi tratado como se fosse a mesma coisa.

Essa associação errada atrasou pesquisas, bloqueou regulamentações e criou medo em pacientes e profissionais de saúde.



⏳ O preço do preconceito

Enquanto o debate moral avançava lentamente, pacientes com:

  • epilepsias refratárias

  • dor crônica

  • espasticidade

  • distúrbios do sono

  • ansiedade resistente

seguiram sofrendo sem acesso a uma opção terapêutica que já mostrava resultados promissores em estudos científicos.

Em muitos casos, o canabidiol poderia ter sido uma alternativa mais segura do que medicamentos tradicionais com alto risco de efeitos colaterais.



🧬 Ciência antes da ideologia

A medicina moderna não trabalha com opinião — trabalha com evidência. Com o avanço das pesquisas, ficou claro que o sistema endocanabinoide participa de processos fundamentais do corpo humano, como:

  • modulação da dor

  • controle da inflamação

  • regulação do sono

  • equilíbrio emocional

Ignorar isso por preconceito significou negar ciência.



⚖️ Uso médico exige critério

Reconhecer o valor terapêutico do canabidiol não significa banalizar seu uso. Pelo contrário. O uso médico exige:

  • avaliação adequada

  • indicação correta

  • dose individualizada

  • acompanhamento

O erro não está na substância, mas no uso sem critério — como acontece com qualquer medicamento.



👤 O paciente no centro

Quando o foco sai do preconceito e volta para o paciente, a pergunta muda. Não é mais “o que essa substância representa culturalmente?”, mas sim:“Isso pode ajudar esta pessoa com segurança?”

É assim que a medicina evolui.



🏁 Conclusão

O canabidiol mostra como o preconceito pode atrasar tratamentos, aumentar sofrimento e frear avanços médicos. Quando ciência, critério e responsabilidade conduzem as decisões, quem ganha é o paciente.

👉 Tratamentos modernos exigem mente aberta, evidência científica e acompanhamento médico.

 
 
 

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